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Acabei de ler um texto de autor desconhecido chamado “Todo filho é pai da morte de seu pai”.
Este texto refleti exatamente a situação que minha família vive no momento... Meu pai com um grau avançado de Alzheimer passou de pai para filho e nós de filhos para pais. Minha mãe 24 horas por dia em função do meu pai – ela muito mais pai que nos filhos, que apenas ajudamos em espaçados momentos do dia.
Este texto refleti exatamente a situação que minha família vive no momento... Meu pai com um grau avançado de Alzheimer passou de pai para filho e nós de filhos para pais. Minha mãe 24 horas por dia em função do meu pai – ela muito mais pai que nos filhos, que apenas ajudamos em espaçados momentos do dia.
No começo são pequenos esquecimentos, são repetidas
perguntas e é quando ainda não sabemos o que está acontecendo e acabamos nos
irritando. “ Poxa já me perguntou a mesma coisa 4 vezes”... Neste momento nem
nos lembramos de quantas vezes fizemos as mesmas perguntas a ele quando éramos
crianças.
Mais tarde, vem o apoio
de braços no banheiro, corrimão nas escadas, cama hospitalar...
O tempo vai passando e essa doença ingrata transformando nosso pai herói em criança, precisando de auxilio para se alimentar, beber uma água ou realizar uma simples higiene pessoal.
O tempo vai passando e essa doença ingrata transformando nosso pai herói em criança, precisando de auxilio para se alimentar, beber uma água ou realizar uma simples higiene pessoal.
E depois a comida já não é uma opção e vem a dieta, passada
pelo nariz ou direto no estomago.
Triste realidade, triste ver uma pessoa ativa ficar completamente dependente de todos.
Triste realidade, triste ver uma pessoa ativa ficar completamente dependente de todos.
As vezes temos que carrega-lo para ajeitar a cama e fico
pensando quantas vezes ele já fez isso com a gente. . .
Só Deus para explicar, só Deus para confortar, pois é meio
inexplicável por que alguém que trabalhou a vida inteira para criar os filhos e
ajudar a todos que lhe procuravam tem que acabar assim.
Esta semana completei
50 anos de idade e nunca senti tanto a falta dele, como em meu
aniversário. Revendo fotos de minha trajetória ele estava em praticamente
todas, sempre presente nesta hora bateu uma angustia e foi inevitável não
chorar... choro agora também me lembrando...
Saudades ... Até mesmo das broncas, por que nelas eu
aprendia muito. Hoje, não fala, não interage, não sei nem se nos entende, pelo
menos sempre eu tenho certeza que não.
E é por isso que eu vivo repetindo Não importa se ele não se
lembra mais de mim, eu que não posso esquecer de quem ele foi e o que ele fez
por mim.
Marcus Mariani
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