De
repente pessoas ativas, cheias de vida e atitudes acabam em uma cama de
hospital simplesmente inerte e a mercê de todos.
O que é
essa nossa vida? Qual é o verdadeiro sentido de viver? Porque pessoas boas têm
destinos tão cruéis? Será a velha história de “os justos pagam pelos
pecadores”, mas por que?
Sou
católico, acredito em Deus sobre todas as coisas, mas muitas vezes fico me
perguntando por que coisas assim acontecem, não duvido da extrema bondade de
Deus, mas por que este sofrimento para um filho que sempre fez o bem?
O
sentimento é confuso, não é raiva, não é revolta, não sei definir: talvez seja
decepção, falta de conhecimento. . . não sei. A verdade é que dói ver alguém que a vida
inteira fez tudo por você e pela família, ficar em uma situação em que não
conhece ninguém, nem aqueles por quem lutou toda a vida.
Olhos
abertos, olhando para um ponto fixo mas sem ver nada, o que passa por esta
cabeça? O que podemos fazer para entender o que você precisa? Qual é o papel
que tenho na vida de alguém que fez a minha vida, mas hoje não me conhece? O
olhar perdido é algum tipo de sentimento? O balbuciar dos lábios é para nos dizer
o que?
São
muitas as perguntas e nenhuma resposta. São muitas as dúvidas e nenhuma
resposta. É muito sofrimento e nenhuma
resposta.
Vejo
minha mãe, cheia de resignação aceitando a vontade de Deus, sem perguntas, sem
reclamações, sem questionamento e aí eu penso. . . quem sou eu para questionar
alguma coisa, para me revoltar com alguma coisa e mais uma vez aos 79 anos ela
me ensina que eu não sei nada.
Então
eu peço a Deus que ajude meus pais, diminua o sofrimento deles e me dê forças para que mesmo sem entender a
situação possa de alguma forma ser para eles um pouco pelo menos do eles são
para mim. Amparo, segurança, exemplo,
paciência e amor incondicional.
Na
verdade não devo questionar que ele não me conhece, mas fazer tudo por ele
por que eu o conheço. É isso não importa
se meu pai não sabe quem eu sou importa é que eu sei quem ele é e
principalmente quem ele foi.
Esta é a verdadeira lição de tudo isso,
não é o meu pai que tem que se lembrar de mim. Eu que não devo esquecer quem
ele é e quem ele foi. Que sempre esteve
comigo, me orientando e me conduzindo e agora chegou a minha vez de estar mais
presente e devolver um pouco do recebi.
Obrigado
meu DEUS por esta oportunidade e me lembre sempre que eu não sou nada.
Marcus Mariani
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