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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

CIRURGIA BARIÁTRICA

imagem da internet

A cirurgia Bariátrica   é   recomendada nos  casos  de  obesidade mórbida e   podem ser por técnicas restritivas ( limitam o volume de alimento sólido ingerido pelos pacientes), técnicas disabsortivas (É feito um grande desvio do alimento, que vai para o intestino grosso)  e técnicas  mistas (associam as técnicas restritivas com as disabsortivas, ou seja, fazem uma limitação ao volume de alimento sólido ingerido e um desvio menor no trânsito do alimento no trato gastrointestinal).
          No Brasil existem  hoje  quatro  técnicas  regulamentadas  pela  Resolução    nº 1.942/2010 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que estabelece normas seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade  mórbida,  definindo  indicações,   procedimentos  e  equipe.   Os demais procedimentos e técnicas cirúrgicas para o controle da obesidade não apresentam indicação atual de utilização ou ainda estão em fase de estudos.

1 – GASTRECTOMIA VERTICAL
         A gastrectomia vertical remove de 70 a 85% do estômago do paciente, transformando-o em um tubo estreito. Desta maneira, há redução do hormônio grelina, associado à fome e a absorção de ferro, cálcio, zinco e vitaminas do complexo B não é afetada. Se  não  funcionar, pode ser transformada em Bypass Gastrico ou Derivação Bileopancreática, mas não é reversível, como a Banda Gástrica. Além disso,  por  envolver   procedimentos  mais  complexos  também  está  ligada   a  um  risco  maior  de complicações. Corresponde a 15% dos procedimentos.

2 – BANDA GÁSTRICA
         A  Banda  Gástrica  é  um  dispositivo  de  silicone  colocado  no  começo do estômago. Ela fica ligada  a  uma  espécie   de  reservatório  no  qual é possível injetar água destilada para apertar mais o estômago  ou  esvaziar  para  aliviar  a restrição. A vantagem do método é o fato de ele ser reversível, pouco  invasivo,  o  que  reduz  a    mortalidade, e permite ajustes individualizados. Por outro lado, há risco  de  rejeição  da   prótese  ou   infecção e a perda de peso é, muitas vezes, insuficiente para que a saúde do paciente seja considerada estável. Ela é inadequada ainda para pacientes com compulsão por doces,  portadores  de  esofagite  de   refluxo  e  hérnia  hiatal  volumosa.  Ela  corresponde  a 5% dos procedimentos.




3 – BYPASS GÁSTRICO     
   O  Bypass  Gástrico     diminui para 10%  a capacidade do estômago, restringindo a quantidade de comida ingerida e desviando esses alimentos para a primeira porção do intestino, chamada duodeno, até  a  porção  intermediária  do  órgão,  chamada  jejuno.  Dessa  maneira,  há redução do hormônio grelina,  responsável  pela  fome e  liberação  de  hormônios  próprios  do  intestino  que  promovem saciedade.   Com  ele,   o  apetite   do paciente é reduzido praticamente sem diarréia e desnutrição, e doenças  associadas  à  obesidade  apresentam  rápida  melhora.  Os  riscos incluem fístulas, embolia pulmonar e infecções. O Bypass corresponde a 75% dos procedimentos.




4 – DERIVAÇÃO BILEOPANCREÁTICA
         A Derivação Bileopacreática é uma associação da Gastrectomia Vertical, com 85% do estômago retirado, com desvio intestinal. Esse desvio faz com que o alimento venha por um caminho e os sucos digestivos (bile e suco pancreático)  venham  por  outro e se encontrem somente a 100 cm de acabar o intestino delgado, inibindo a absorção  de calorias e nutrientes. A vantagem é que a técnica possibilita maior ingestão de alimentos, reduz a intolerância alimentar e promove maior perda de peso. Por outro lado,  pode  ocorrer  desnutrição  de  intensidade  variável  ao  longo do tempo. Diarréia , flatulência e deficiência  de  vitaminas  também  são comuns. A Derivação Bileopancreática corresponde a 5% dos procedimentos.

Do   ponto  de  vista   nutricional,   os   pacientes   submetidos   à   cirurgia   bariátrica   deverão   ser acompanhados por longo tempo, com objetivo de receberem orientações específicas para elaboração de uma dieta qualitativamente adequada. Quanto mais disabsortiva for a cirurgia, maior a chance de complicações  nutricionais,   como  anemias  por  deficiência  de  ferro, de vitamina B12 e/ou ácido fólico, deficiência de vit D e cálcio e até mesmo desnutrição, nas cirurgias mais radicais. Reposições vitamínicas são feitas após a cirurgia e mantidas por tempo indeterminado. A diarreia pode ser uma complicação nas cirurgias mistas, principalmente na derivação bileopancreática
          A cirurgia antiobesidade é um procedimento complexo e apresenta risco de complicações. A intervenção impõe uma mudança fundamental nos hábitos alimentares dos indivíduos.
         Em alguns casos, uma cirurgia plástica para retirada do excesso de pele é necessária. A mesma poderá   ser   feita   quando  a  perda  de  peso   estiver  totalmente  estabilizada,  ou  seja,  depois  de aproximadamente dois anos.
         Uma complicação comum no período pós cirurgia bariátrica é a Síndrome de Dumping: pode ser  dividida  nas  formas  precoce  ou tardia e é o resultado das alterações feitas no procedimento de armazenar do estômago.  Pode  ser  diagnosticada por meio dos sintomas que são apresentados pelos pacientes submetidos à cirurgia gástrica.
       Dumping precoce: ocorre por volta de 30 a 60 minutos após a refeição e pode ser decorrente do esvaziamento gástrico, levando a desvios do líquido intravascular para a luz do intestino. Isso resulta em uma  distensão  muito  rápida  do  intestino delgado, aumentando as contrações do intestino. Seus sintomas são diarréia, náuseas,cefaléia e rubor. 
        Dumping  tardio:  pode  ocorrer  de 1  a  3 horas após as refeições e a oferta rápida de alimento para o intestino delgado causa uma alta concentração de carboidratos no intestino delgado proximal e na absorção da glicose.   Os  altos  níveis  de  insulina  causam  uma  hipoglicemia subsequente. Seus sintomas são tremores, dificuldades para se concentrar, redução da consciência, fome e perspiração.

Fonte: 
ABC.MED.BR, 2009. Tipos de Cirurgia Bariátrica. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/obesidade/35873/tipos+de+cirurgia+bariatrica.htm>. Acesso em: 9 jan. 2014.

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Márcia Mariani
            Nutricionista
CRN 7313

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