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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

UM POUCO DE HIPOCRISIA


Primeiramente, não estou aqui para julgar ou falar sobre qualquer religião, mas quero citar um acontecimento que presenciei hoje, em noite de natal.
Fui à missa com os meus pais, como de costume, sempre vamos à missa aos domingos, mas hoje um fato me chocou.
A igreja em geral sempre presa a irmandade, a acolhida, o zero preconceito, o amar ao próximo, mas hoje, infelizmente me deparei com uma cena que me mostrou o contrário de tudo isso, me mostrou o oposto das crenças, das virtudes, dos ideais e até mesmo do sentimento cristão. E hipócrita é todo aquele que diz ter tudo isso, porém na verdade não os tem.
Não é porque é noite de natal que venho falar disso, não é porque “no natal ficamos mais solidários “ que venho compartilhar minha indignação com vocês, até porque isso não existe, ou melhor, não deveria existir.
Durante a missa, entrou à igreja um morador de rua. O mesmo sentou em um banco perto da porta e lá permaneceu sem nenhuma outra movimentação. Porém já me senti incomodada quando uma mãe,retirou a filha de perto do rapaz por puro preconceito. Se não bastasse, na hora do ofertório, na hora em que recebemos o pão que simboliza o corpo de Cristo, ou seja, o Cristo presente em nós. Um homem (não vale a pena a identificação), que se diz ser da “acolhida” da igreja, retirou da igreja o rapaz (morador de rua(nomearemos assim)), antes mesmo que ele chegasse a comungar. Sou católica sim e desde pequena aprendi com a igreja e principalmente com meus pais (depois dessa, vejo que mais com meus pais do que com a igreja), que não devemos julgar os outros pela aparência, que somos seres humanos e por isso somos todos iguais. Agora eu pergunto, como somos todos iguais se julgamos alguém pelas vestes? Como somos todos iguais se tiramos o nosso irmão da igreja sem deixar que ele compartilhe conosco a proteção de nosso Pai? Como somos todos iguais se ele nem se quer pode participar de uma celebração de natal, feita especialmente para o “povo”?
Como não tive como desviar do assunto religião pelo fato ter sido dentro de uma igreja, deixo aqui o que aprendi em evangelhos bíblicos, que Deus está entre nós e que em muitas vezes Ele vem vestido de pobre, com vestes velhas e encardidas para ver como Ele será recebido por nós. Sem contar que em minutos antes o Padre motivou a igreja a cantar uma musica que diz: Entre nós está e não conhecemos, entre nós está e nós os desprezamos.
Não quero e não estou aqui com objetivo de dar lição de moral, até porque isso não é necessário. Meu principal objetivo é mostrar minha tamanha indignação e chateação com o que presenciei. O rapaz ainda tentou se explicar e mesmo assim foi retirado da igreja.
O “povo” tem que mudar muito essa visão de que “está mal vestido, não presta” ou então, “ele é bem vestido, deve ser bom e ter dinheiro”. O caráter não se dá nas coisas .. temos que aprender que somos o que somos e não o que temos. Ter dinheiro não é sinônimo de sermos bons, ter beleza não é ser perfeito. O dinheiro acaba, a beleza feita sai com água e a beleza física muda com o tempo e enruga. Agora a personalidade, o caráter e o coração, nós nascemos com eles e esses ficam até quando não estivermos mais presentes aqui. Já ouvi dizer
e sei bem que quando a gente se vai, tudo o que conseguimos juntar e adquirir fica aqui na terra , porém, tudo aquilo que nós temos dentro de nós, nos acompanha até depois da morte. Temos que amar as coisas simples, elas sim são verdadeiras e nos faz bem. Dinheiro não compra amor, não acalma, não trás felicidade, não nos dá saúde. Dê valor ao que realmente importa, ao sorriso, a um bom dia, às pessoas que fazem e querem o bem. Dessa forma ficamos felizes e pessoas felizes sabem amar e adoecem menos. Crianças aprendem a amar, sendo amadas e não sendo compradas. Crianças são humanos e não mercadorias, nós somos humanos.. ou deveríamos ser.
Que o espírito natalino renove o coração de todos, fazendo com que a criança que temos em nós grite mais alto e mostre que podemos e devemos ser melhores, não pelos outros, mas sim por nós mesmos. Feliz natal.

Daniela Reis.
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